OBJETIVO DO BLOG!!!

Blog dedicado a discutir questões sobre Qualidade! Como atender aos requisitos do cliente? Como possuir uma empresa alinhada com a GESTÃO PELA QUALIDADE? Questões da atualidade...
Deixem seus comentários sobre todos esses tópicos!



sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Como elaborar um relatório

O objetivo de um relatório é apresentar os resultados de um trabalho de medida, inspeção ou acompanhamento de uma determinada tarefa. O relatório deve ser claro o suficiente para quem o estiver lendo, de modo que, se o leitor se propuser a desenvolver as atividades relatadas, não encontrará dificuldades em repetir ou constatar os resultados encontrados no corpo do relatório.

As partes constituintes obrigatórias de um relatório são:
* Campo de identificação

Nome, Turma, Título da experiência e data.

* Objetivos do experimento

Verbos colocados no infinitivo. Exemplo: medir, investigar, etc.
Descriminação dos objetivos da aula, teoria X prática;
Caso tenha vários objetivos, descriminar cada um separadamente.

* Introdução

Breve relato da teoria ou princípio aplicável na experiência.
Resumo da teoria relativa ao assunto da aula, baseado nas informações passadas pelo instrutor ou guia de aula prática, resumo.

* Cálculos

Cálculos solicitados nos Guias de práticas (valores teóricos).
Devem ser feitos antes da realização da prática.
Erros de medida ou algum valor que se justificará necessário na conclusão.

* Material, equipamentos e instrumentos

Material necessário ao desenvolvimento da experiência
Esquema da prática com utilização e ligação correta dos instrumentos.

* Procedimentos

Parte operacional do relatório.
Descritivo das atividades realizadas.
Verbos na primeira pessoal do singular (EU, caso o relatório seja individual) ou na primeira do plural (NÓS, caso o relatório seja em grupo).
Faça um resumo do que foi executado, entremeado com as informações coletadas (dados), para medidas utilize 2 ou 3 algarismos significativos e suas grandezas.
Os dados são apresentados mais organizados se colocados em tabelas e gráficos.
Faça uma comparação lógica dos resultados medidos com os calculados.
Para resultados discrepantes aponte causas de erros.
Faças os desenhos dos circuitos com seus respectivos componentes e grandezas.

Obs.: caso tenha mais de uma experiência na mesma aula, coloque os procedimentos e resultados separados.


* Respostas às questões do experimento (Quando houver)

* Conclusão

A conclusão é a sobre a aula e a aprendizagem e não sobre cada experiência, tendo como objetivo as informações teóricas e práticas; não utilizar termos pessoais como “eu medir”, “nós ligamos” e etc...
Destaque os resultados, utilize tabelas e gráficos para melhor avaliação.

* Bibliografia

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Avaliação de Competências na Nova ISO 9001:2008

A nova revisão da ISO 9001 deverá ser publicada ainda este ano. A versão draft já foi publicada e, a versão final para votação deverá ser publicada brevemente. A nova revisão chamada ISO 9001:2008 traz significativas mudanças para o requisito de 6.2 (Recursos humanos), mais especificamente para treinamento. A primeira das mudanças é tratada no requisito 6.2.1 (Generalidades): define que as competências serão estabelecidas para o pessoal que afeta a conformidade do produto e não mais para o pessoal que afeta a qualidade do produto ou serviço (como é descrito na versão 2000 da norma). Uma nota foi acrescida para explicar que a conformidade pode ser afetada direta ou indiretamente por pessoal que realiza qualquer atividade no sistema de gestão da qualidade. Assim, será necessário identificar as competências de todas as funções envolvidas na gestão da qualidade. Muitas organizações já adotam esta abrangência, mas o importante aqui é o foco na conformidade do produto. Para os gestores de RH / Treinamento significa delimitar claramente as funções que impactam na conformidade do produto. Deve-se questionar como aquela função afeta a conformidade do produto. E para isto, a integração com a gestão da qualidade será fundamental para identificar tais funções. Uma análise bastante objetiva irá evitar exageros na listagem das funções. Com o novo conceito está dificultado a expansão para todos os níveis e áreas da organização pura e simplesmente como parte do critério de segurança. Foi reduzido o efeito do “e se for perguntado...”

Com esta mudança o requisito 6.2.2 (Competência, treinamento e conscientização) é bastante afetado. O treinamento deixa de ser o foco principal deste requisito sendo substituído pelas competências (em grau de importância) agora integralmente. Continua sendo necessário identificar as competências do pessoal que afeta, lembre-se, a conformidade do produto. E, a novidade é que, para alcançar tais competências onde aplicável a organização deve fornecer treinamento e outras ações (termo este já observado na revisão 2000). O que foi modificado é o acréscimo do termo onde aplicável pois a organização poderá avaliar e decidir se o treinamento e outras ações são mesmo necessárias – algumas vezes o profissional já foi treinado em outra organização ou mesmo é um autodidata e, executa com muita habilidade e presteza a sua função. Isto desobriga a organização em estabelecer e “inventar” treinamentos para satisfazer os requisitos. Ou seja, outras formas ganham maior impacto. Acrescenta-se que assim que alcançada a competência não faz mais sentido promover treinamentos ou as outras ações. É interessante porque, não será mais necessário prever treinamentos com a chancela de “reciclagem” só para dizer que atende a norma. Se o profissional mantém a competência ele está apto a realizar as suas atribuições. O que poderá ocorrer é a evolução de uma dada competência em função de novos negócios, produto novo, exigências do cliente, etc. desta forma estariam surgindo novas necessidades de treinamento. É importante que a analista de treinamento esteja alinhada com as estratégias de negócios e políticas da organização.

Outra modificação significativa é que a avaliação de eficácia (de treinamento) será substituída pelo requisito “garantir que as competências foram atingidas”. Desta forma, as organizações deverão estabelecer formas de monitorar as competências e preocupar-se em gerir estas competências e, a avaliação de eficácia (dos treinamentos) passa a ser um instrumento possível de utilização na gestão do treinamento. É possível que normas como a ISO TS 16949 venham a manter este requisito (opinião minha) uma vez que já existem no setor automotivo, por exemplo, desde a QS 9000 e, está diretamente envolvido com o plano estratégico da organização. Independente de requisitos normativos a avaliação de eficácia proposta por Donald Kirkpatrick em 1958 é excelente referencial para os profissionais e gestores de treinamento que necessitam apresentar resultados de suas ações à alta direção – com isto as organizações devem se superar em termos estratégicos. Talvez as grandes corporações devam dar continuidade às propostas de Kirkpatrick que são também defendidas pela ASTD, ainda que o número de organizações que façam uso efetivo da metodologia seja pequeno.

Com a nova situação modelos de avaliação de competências deverão ser desenvolvidos em substituição metodologia de mensuração da eficácia de treinamentos. A avaliação de competências, se corretamente utilizada poderá ser melhor em termos de resultados para as organizações. Esperemos que as organizações não inventem soluções lunáticas e, compreendam o verdadeiro objetivo do requisito. Simplicidade e objetividade continuam sendo as melhores soluções. Não dê ouvidos para propostas mirabolantes. A proposta da norma é a comprovação de que os requisitos de competências foram atingidos. Segundo os demais requisitos da ISO 9001 é esperado soluções básicas por parte das organizações. Pense nisto antes de complicar seu trabalho.

Bibliografia:- Luz, Leopoldo Santana. As novidades da futura ISO 9001:2008. Banas Qualidade. Janeiro de 2008. p.43-46- BSI Brasil. ISO Série 9000 – O que há de novo para 2008? – transparências divulgadas.- ISO/ DIS 9001 – Quality management systems – requirements - 24/07/2007

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Rastreabilidade

Segundo os padrões internacionais (ISO 8402), rastreabilidade é definida como a habilidade de descrever a história, aplicação, processos ou eventos e localização, de um produto, a uma determinada organização, por meios de registros e identificação.
De um modo mais simples, rastrear é manter os registros necessários para identificar e informar os dados relativos à origem e ao destino de um produto.
Em outras palavras, rastrear é campear alguma coisa para saber o máximo sobre ela (o que é, de onde veio, como foi feito e pra onde foi) e assim, prosear com segurança sobre o assunto sem medo de errar.
A rastreabilidade tornou-se moda no final da década de 90, mas já era feita, ainda que de modo incompleto, há bastante tempo na produção animal brasileira e mundial. As fichas de acompanhamento dos lotes de frangos de corte, poedeiras e suínos é, na verdade, uma forma de rastreabilidade. Com o passar do tempo, as informações nelas contidas se tornaram insuficientes para abranger o processo na sua totalidade.
A formação de blocos econômicos como o EU, Nafta, o Mercosul e outros; o desenvolvimento dos estudos sobre a saúde pública; o controle regional de algumas doenças e etc. geraram o aumento das exigências dos consumidores sobre as informações dos produtos que eles adquirem. Assim, por motivos econômicos, sanitários e políticos; produtores, países e organizações desenvolveram e praticam os processos de rastreamento para oferecer as informações exigidas e assegurar as suas participações nos mercados local, regional e global.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

.: Laboratórios de Calibração Acreditados - Rede Brasileira de Calibração - RBC :.

O movimento da qualidade no Brasil e a substituição da política econômica protecionista estimularam de forma expressiva a demanda de serviços metrológicos, suplantando a capacidade de atendimento dos laboratórios disponíveis no Inmetro. Com o objetivo de disponibilizar ao país uma infra-estrutura de serviços básicos para a competitividade, em atendimento à demanda, foi estimulada, em 1980, a criação da Rede Brasileira de Calibração (RBC).
Constituída por laboratórios acreditados (credenciados) pelo Inmetro, a RBC congrega competências técnicas e capacitações vinculadas às indústrias, universidades e institutos tecnológicos, habilitados à realização de serviços de calibração. A acreditação (Acreditação) subentende a comprovação da competência técnica, credibilidade e capacidade operacional do laboratório.
A concessão da acreditação (Acreditação) atribuído pelo Inmetro, por intermédio da Divisão de Acreditação de Laboratórios de Calibração, vinculada à Coordenação de Acreditação - CGCRE, efetua-se em conformidade com procedimentos internacionais de "acreditação" constantes do ISO/IEC Guide 25 (1990), disponíveis em publicação própria do Inmetro.
Embora sistemicamente estruturada, esta matriz laboratorial carece de importantes especialidades da metrologia e apresenta-se incompatível com a crescente procura da certificação ISO 9000, indutora da demanda de serviços metrológicos.
A RBC deve ser entendida pela sua atuação estruturante na coordenação do sistema metrológico brasileiro, operando em sintonia com os Laboratórios Metrológicos do Inmetro, segundo procedimentos consistentes e harmonizados com seus similares internacionais. Utilizando padrões rastreáveis às referências metrológicas mundiais de mais alta exatidão, a RBC estabelece o vínculo com as unidades do Sistema Internacional (SI) constituindo a base técnica imprescindível ao livre comércio ente áreas econômicas preconizado nos mercados globalizados.
Em perfeita articulação com os laboratórios metrológicos que integram a RBC, compete a sua coordenação, buscar os meios para assegurar o provimento desses serviços no atendimento às necessidades dos diferentes setores, de forma compatível com seus interesses e especificidades, segundo os diferentes níveis de desenvolvimento econômico.
De forma mais ampla, a RBC atua também no provimento dos serviços metrológicos que estabelecem as salvaguardas da defesa do consumidor, da construção da cidadania, da saúde, da proteção e preservação do meio ambiente.